Estudo desafia estereótipos de gênero e destaca a igualdade de atributos entre líderes dos dois sexos no ambiente corporativo.
Em um mundo corporativo ainda predominantemente masculino, é comum ouvir estereótipos e clichês machistas relacionados às mulheres em cargos de liderança.
No entanto, estudos realizados, tanto no Brasil como em diversos países, revelam a cada novo dia uma descoberta inesperada: os funcionários não percebem atributos diferentes entre chefes homens e mulheres.
Contrariando expectativas e preconceitos arraigados, os colaboradores afirmaram não notar diferenças em termos de competência, caráter, humildade, efetividade ou posição entre os gêneros.
Os estudos realizados visam analisar as percepções dos funcionários em relação aos seus chefes, levando em consideração o gênero. Colaboradores de diferentes empresas tem participado das pesquisas, representando uma amostra diversificada em termos de setores, níveis hierárquicos e faixas etárias.
Surpreendentemente, os resultados revelaram que a maioria dos colaboradores não percebe diferenças marcantes entre os atributos de chefes homens e mulheres. Quando questionados sobre competência, tanto homens quanto mulheres foram avaliados de forma igualmente positiva.
O mesmo ocorre em relação ao caráter, humildade, efetividade e status, onde não foram encontradas diferenças perceptíveis entre os gêneros.
Esses resultados desafiam os estereótipos de gênero comumente associados às líderes femininas. O estereótipo de que as mulheres são menos competentes ou menos efetivas no ambiente de trabalho é frequentemente citado como uma das barreiras que impedem a ascensão das mulheres em cargos de liderança.
No entanto, os estudos mostram que, na prática, essas percepções não correspondem à realidade.
É importante destacar que os estudos também investigaram a percepção das colaboradoras em relação às suas chefes femininas.
Os resultados indicaram que as funcionárias têm uma visão positiva das lideranças femininas, atribuindo-lhes características semelhantes às mencionadas pelos colaboradores em relação aos chefes homens.
Isso demonstra que as mulheres em cargos de liderança são reconhecidas e valorizadas por suas habilidades e competências, não sendo percebidas de forma negativa ou estereotipada.
No entanto, apesar dos resultados promissores, ainda existe um desequilíbrio significativo na representatividade de gênero nos altos cargos executivos.
Embora os funcionários não percebam diferenças entre chefes homens e mulheres, a presença feminina nas posições de liderança ainda é baixa.
Isso sugere que existem outros fatores, além da percepção dos colaboradores, que influenciam a progressão das mulheres na carreira, como barreiras sistêmicas, desigualdades salariais e falta de oportunidades de desenvolvimento profissional.
Os estudos revelam que, embora os clichês machistas sobre gestoras ainda persistam no imaginário coletivo, na prática, os colaboradores não notam diferenças de competência, caráter, humildade, efetividade ou status entre gêneros.
Isso representa um avanço na superação de estereótipos de gênero no ambiente de trabalho e ressalta a importância de reconhecer e valorizar as competências individuais, independentemente do gênero.
No entanto, apesar dos resultados positivos, é fundamental continuar promovendo a igualdade de gênero nas organizações, eliminando barreiras e criando um ambiente inclusivo que permita o crescimento profissional de mulheres talentosas e capacitadas.
Somente por meio de esforços conjuntos, envolvendo empresas, líderes e colaboradores, será possível alcançar uma representatividade equilibrada nos altos cargos executivos, proporcionando oportunidades iguais para homens e mulheres no mundo corporativo.